TÍTULO PÚBLICO

PARA INVESTIR HOJE

Confesso que demorei para assistir à trilogia de O Poderoso Chefão, mas de tanta insistência dos meus amigos, resolvi conferir se era realmente tudo isso que falavam.

Reservei algumas boas (leia-se muitas) horas, maratonei os três filmes e não me arrependo nem um pouco.

A saga da família Corleone nasceu da mente criativa do jornalista e escritor ítalo-americano Mario Puzo, e tomou vida nas telonas de Hollywood com o diretor e roteirista Francis Ford Coppola.

No elenco, Marlon Brando (perfeito no papel do primeiro Chefão), Al Pacino (talvez na melhor interpretação de sua vida), além de Diane Keaton e Robert De Niro, dentre outros. Não tinha como dar errado, não é mesmo?

Muito além de serem filmes sobre a máfia, a trilogia retrata a história de uma família, da imigração italiana para os Estados Unidos, de jogos de poder, e questiona o quanto somos donos de nossas próprias escolhas.

É claro que cada um deles foi aclamado de diferentes formas pelo público e pela crítica – para quem conhece, não é nenhum segredo que as Partes I e II são as “queridinhas”, e a Parte III, o “patinho feio”. Coppola até fez, recentemente, uma nova versão do terceiro longa para reeditar o desfecho dos Corleone…

O meu favorito do momento é a Parte I – não nego! Toda a transformação do personagem de Al Pacino é algo que mexeu muito comigo.

E no embalo dessa minha experiência e parafraseando Don Vito Corleone, vou fazer uma proposta que você não poderá recusar (entendedores entenderão).

Ela tem a ver com você conhecer outra trilogia que, apesar de não ser hollywoodiana, é um clássico dos investimentos.

Estou falando da Trilogia dos Títulos Públicos – e dessa tríade eu também elegi o meu favorito do momento: o Tesouro Prefixado 2024.

Mas, antes de falarmos sobre ele, deixa eu me apresentar

Muito prazer! Sou Guilherme Cadonhotto, economista (mas não gosto de usar camisa e terno, e sim camiseta e jeans), e venho dedicando minha vida profissional à gestão de renda fixa em grandes casas de investimentos.

Em novembro de 2019, Luciana Seabra me convidou para fazer parte de um time que tem como objetivo fazer as pessoas investirem melhor. Se você está por aqui, provavelmente deve conhecê-la.

Se não, vamos lá: Luciana é especialista em fundos de investimentos, faz um excelente trabalho na área há anos, recomendando como ninguém os melhores fundos para cada perfil de cliente. E o mais importante: de uma maneira que você entenda!

Assim como a Luciana traz para você as recomendações dos fundos, trago as melhores opções do universo de renda fixa, seja em corretoras, seja em bancos.

Falo de título público, privado, contas digitais e tudo o mais que você precisa saber.

Ao receber este relatório-presente, você passa a fazer parte do grupo de pessoas que têm acesso a orientações de investimento de alto nível e em bom português – de graça.

Como recomendo ativos?

As avaliações que faço para indicar um ativo de renda fixa são as mesmas utilizadas pelos grandes gestores na hora de alocar o dinheiro dos fundos de investimento. Elas levam em conta a perspectiva do indexador do ativo, como CDI ou IPCA, cenário de juros, avaliação econômica nacional e internacional, assim como a solidez das empresas e instituições emissoras dos ativos.

Agora que você me conhece um pouco melhor, vamos falar sobre a Trilogia dos Títulos Públicos?

Em 2002, o Tesouro Nacional – órgão responsável pela gestão da dívida pública (o “caixa” do Governo Federal) – criou um programa para permitir que pessoas físicas comprassem títulos do governo pela internet.

Desde então, o investidor ou investidora pode emprestar dinheiro ao governo e receber, posteriormente, essa quantia com juros, de forma rápida e fácil. O Tesouro Direto ganhou extrema popularidade, pois é uma das maneiras mais democráticas de investimento que existem – as aplicações mínimas são baixas (a partir de R$ 30) e há liquidez diária em todos os papéis disponíveis, ou seja, você pode resgatar o dinheiro investido quando quiser.

Eu gosto de brincar com a denominação “Trilogia dos Títulos Públicos”, pois eles são compostos por três classes de ativos: pós-fixados indexados à taxa básica de juros (Tesouro Selic) e à inflação (Tesouro IPCA +), e prefixados, com a taxa de juros definida na hora da compra (Tesouro Prefixado).

Para cada classe de ativo, há diversas opções de prazos de vencimento, o que impacta na sua rentabilidade. A depender do momento da economia e para qual objetivo você quer investir o seu dinheiro, um pode ser mais vantajoso que o outro.

Como já dei o spoiler lá em cima, de todas as opções hoje disponíveis, o meu preferido no momento é o Tesouro Prefixado 2024.

E agora, deixa eu te contar os porquês da minha escolha:

1. É mais vantajosa que o Tesouro IPCA +


Quem compra títulos do Tesouro IPCA + costuma ter um objetivo: proteger o seu patrimônio da inflação. Porém, apenas aqueles com vencimento no curto prazo dessa categoria – em dois anos ou menos – têm uma correlação positiva com a taxa de inflação corrente.

Já os papéis de médio e longo prazo tendem a cair quando a inflação acelera. Ou seja, se isso acontecer, e você tiver de resgatar o dinheiro antes do vencimento, possivelmente vai ter prejuízo. 

E hoje, na plataforma do Tesouro, só há títulos de IPCA + com data de vencimento a partir de 2026, ou seja, daqui a cinco anos – o que já não é mais considerado de curto prazo.  

Por isso, neste momento, não recomendo ativos dessa classe da trilogia.

2. É também mais vantajosa que o Tesouro Selic


Vale esclarecer que a remuneração anual dos papéis do Tesouro Selic é baseada, como o nome já diz, na Taxa Selic que, hoje, após recente determinação do Banco Central, subiu de 2% para 2,75% ao ano.

O Tesouro Prefixado 2024, por sua vez, está com remuneração anual em torno de 8%, valor que representa a expectativa média da taxa básica de juros pelo mercado de hoje até o vencimento do título, em 1º de julho de 2024.

Mesmo que suba mais, eu não acredito que a Taxa Selic atinja esse patamar e, portanto, que um título do Tesouro Selic alcance essa remuneração média de cerca de 8% nos próximos três anos, que é a proposta do Tesouro Prefixado 2024 hoje.

Um cenário de alta de juros nesse nível só se concretizaria caso houvesse uma deterioração fiscal ainda maior do que esta que vemos atualmente no Brasil – o que não vislumbro.

Gui, me explica, então, por que a expectativa de juros do mercado é tão alta?

Claro! Isso se dá por quatro motivos principais:

Aqui, basicamente, estamos falando sobre os juros nos Estados Unidos. Como o país começou a enxergar uma possibilidade de aumento na inflação – pela quantidade de estímulos do governo para enfrentar os efeitos da pandemia –, os juros começaram a escalar, atraindo muitos investidores. A consequência direta é o aumento dos juros por aqui também, pois só assim nossos títulos públicos se tornam minimamente atrativos frente aos títulos públicos norte-americanos.

Risco fiscal significa dizer que o nosso país vive gastando dinheiro a torto e a direito sem sinalizar aos seus investidores quais são as medidas adotadas para conter a dívida, gerando um aumento dos juros.

Para exemplificar como isso acontece, vamos imaginar que você é o Brasil e que sua renda é de R$ 5 mil. De uma hora para a outra, você começa a gastar o dobro do que você ganha, portanto, R$ 10 mil, sem aumentar sua renda. No primeiro mês, você está R$ 5 mil negativos; no segundo, R$ 10 mil, e por aí vai. A situação se torna insustentável, você está com uma dívida de R$ 60 mil e não vê alternativa a não ser bater na porta de um banco para pegar um empréstimo. Como você sempre foi bom pagador, ele empresta o dinheiro a uma taxa de 10% ao ano.

Você então tem uma prestação de R$ 1 mil para pagar ao banco, mas continua gastando aqueles benditos R$ 10 mil por mês. Aí a coisa fica feia! Quando você for pedir um empréstimo novamente, o banco perceberá que a possibilidade de levar um calote é maior e vai cobrar uma taxa de 20% para compensar esse risco.

Com o Brasil, a história é a mesma. Sempre que o mercado percebe um aumento do endividamento do país e não vê uma solução para se resolver isso, a taxa de juros aumenta para proteger o dinheiro que é emprestado.

Com uma economia em frangalhos, mais de 13 milhões de pessoas desempregadas, como é que a inflação de 2020 pode ter sido tão alta (4,52%), acima da meta do Banco Central?

A explicação é simples: quase metade da inflação veio da alta do valor de alimentos que, faça chuva, faça sol, mesmo em meio a uma pandemia, têm de ser consumidos. E o preço dos alimentos é pautado pelo preço das commodities (milho, soja, café, açúcar).

Acontece que os preços dessas mercadorias são negociados nas bolsas internacionais, e eles subiram consideravelmente nos últimos meses (duplo aumento: subiu o câmbio e subiu o preço das commodities).

O resultado? Os produtores brasileiros priorizaram a exportação e, para não perder dinheiro aqui dentro, vendem os seus produtos pelo mesmo valor que exportam.

Os preços dos combustíveis – derivados do petróleo, outra commodity que subiu – também ajudaram no aumento do índice inflacionário.

Um ano se passou e ainda estamos combatendo uma das maiores crises sanitárias da história. Hoje, inclusive, estamos enfrentando seu pior momento, com recorde de casos e mortes.

O prolongamento da pandemia do novo coronavírus agrava, principalmente, dois pontos que mencionei há pouco:

E mesmo com tudo isso, Gui, você acha que os juros NÃO vão subir como o mercado espera até 2024?

Pois é, acredito que não!

Olhando para os próximos 12 a 18 meses, creio que todos os pontos que mencionei acima serão aliviados. Não vejo mais espaço para um crescimento maior dos juros nos EUA na mesma intensidade observada até agora – até porque eles já estão controlando a pandemia por lá –, e não acredito em aumentos da mesma magnitude nos preços das commodities, o que diminuiria a aceleração da inflação.

No que diz respeito ao combate à pandemia no Brasil, atualmente, a média diária de vacinação ainda está baixa, mas vem apresentando sinais claros de elevação. Além disso, com a produção da Fiocruz e do Instituto Butantan aumentando, temos capacidade de acelerar muito a vacinação – mais do que a maioria dos países – por causa do nosso sistema de saúde capilarizado.

Isso ajudaria a conter a pandemia ainda este ano, o que diminuiria o câmbio e nosso risco fiscal.

Portanto…

A minha recomendação no Tesouro Prefixado 2024 leva em conta todos esses fatores. Com a estabilização ou uma valorização pequena da taxa básica de juros, você terá uma rentabilidade muito maior que a Selic. E mesmo se a taxa de remuneração do ativo (hoje em torno de 8%) cair nesse meio-tempo, você também poderá se beneficiar.

Como assim, Gui?

Enquanto não chega o vencimento, o preço do título e sua taxa de remuneração costumam variar. Imagine uma balança. Se a taxa de remuneração cai, o preço sobe. Se essa taxa sobe, o preço cai. Ou seja, se a remuneração cair no meio do caminho (acho que há uma grande chance de isso acontecer) e o preço do ativo subir, você poderá vendê-lo antes do vencimento com uma valorização ainda maior do que a esperada.

Resumindo: é um investimento bom mesmo para você carregar até o vencimento, pois irá receber seu dinheiro corrigido com cerca de 8% de juros, e você ainda pode ganhar mais dinheiro no curtíssimo prazo, se o preço do ativo subir e você quiser vendê-lo.

Claro, no curto prazo, o cenário pode ser desafiador – esse ativo pode apresentar oscilações relevantes no dia a dia, e elas podem até mesmo ser negativas – porém, estou muito otimista com esse ativo para o médio prazo.

Para nos despedirmos (só por enquanto)

Na trilogia de O Poderoso Chefão e na Trilogia dos Títulos Públicos, há uma coisa em comum: cada um dos filmes ou cada uma das classes de ativos apresenta especificidades que combinam ora com um momento, ora com outro – basta você identificar qual momento é certo para assistir qual filme, ou qual ativo.

Hoje, a Parte I e o Tesouro Prefixado 2024 se saíram melhores do que seus outros dois colegas para mim. Mas será que o cenário será igual amanhã?

Comparações cinematográficas à parte, quando emprestamos dinheiro ao nosso país (isto é, quando compramos títulos públicos), precisamos nos atentar, principalmente, aos cenários político, social e econômico vigentes.

Sem essa análise, é impossível identificar qual dos três ativos do Tesouro Direto serão mais interessantes para o que precisamos naquele momento.

E, para não sair perdendo, por que não ouvir aqueles e aquelas que têm conhecimento de causa e podem ajudar você a investir cada vez melhor o seu dinheiro?

Conte comigo e com meus colegas da Spiti nessa empreitada!

Se você puder tirar mais um minuto e me dizer se as informações e recomendações que eu dei acima ficaram claras, por favor, clique no botão abaixo e me responda algumas perguntinhas?

Isso é fundamental para que eu saiba se estou no caminho certo.

Basta clicar no botão abaixo:

Um abraço e até breve,

Guilherme Cadonhotto

Guilherme Cadonhotto
Guilherme Cadonhotto


Guilherme Cadonhotto é especialista em renda fixa da Spiti, técnico em Administração de Empresas e bacharel em Economia. Atuou na mesa de operações como trader de renda fixa na SulAmérica Investimentos e como analista de investimentos na asset da Porto Seguro. Acredita que simplicidade e bom humor, sempre presentes em suas publicações e vídeos, são essenciais para tornar a informação e a compreensão dos conteúdos de investimentos mais acessíveis a todos.

Analista responsável:
Luciana Seabra


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Sou a Luciana Seabra, CEO da Spiti, e misturei duas formações, em Comunicação e Economia, com o propósito de ajudar as pessoas a ganharem mais dinheiro investindo melhor. Também sou analista CNPI e planejadora certificada CFP®.

Reuni 42 pessoas em torno do mesmo propósito para construirmos juntas, começando em setembro de 2019, uma casa de análise regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cujo objetivo é fazer recomendações de investimentos com alto potencial de acerto, em uma linguagem acessível a todos. O nome dela é Spiti, casa em grego – porque investimento não é nada de outro mundo, mas, sim, algo que se discute de forma cotidiana, caseira, próxima.

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